quarta-feira, 10 de outubro de 2012
Da empatia com os doentes
Não costumo aqui falar muito do meu trabalho. Nunca tive o sonho de ser enfermeira. Queria ser professora primária ou educadora de infância. Mas sou enfermeira. Não foi amor à 1ª vista nem sonho de menina. Foi, e é, um amor que vai crescendo e que se aprende. Descobri que adoro trabalhar com idosos. Ensina-nos tanto, precisam tanto da presença humana. Descobri que tenho uma empatia enorme com doentes oncológicos, com doentes terminais. Ficava horas a ouvir as suas histórias e a tentar perceber como conseguem ainda ser felizes e fazer planos sabendo que não têm muito tempo com os maridos, esposas, filhos...E depois chego a casa e pergunto a mim própria como consigo ter uma conversa tão articulada com eles, como consigo dizer o que devo sem que a emoção tome conta de mim e me tire a voz...
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4 comentários:
Eu também nunca quis ser professora, mas as circunstâncias da vida assim me obrigaram.
Também fiz a minha aprendizagem e evoluí muito. É o que acontece quando aceitamos a realidade e somos capazes de dar um salto em frente.
Depois, é o espanto de descobrir as nossas capacidades escondidas e a oportunidade de crescer sempre um pouco mais.
Felicidades para o teu trabalho! Bjs. Bombom
Há coisas que não se aprendem. A empatia,ou nasce connosco, ou nunca se desenvolve devidamente.
Em pequena, também sempre dizia que queria ser professora primária, no entanto, o gosto pela aprendizagem de outras línguas,que não a portuguesa, levou-me a enveredar por esse caminho.
Mas como a vida dá voltas e voltas e longe de o sonhar há uns anos atrás, tirei há algum tempo, uma formação na área de saúde e gostei bastante.
É gratificante irmos descobrindo, o quanto somos capazes de ir mais além, do que aquilo que imaginávamos.
Óptimo trabalho!Bjinhos
Tens um dom. Aproveita-o bem. Bjs
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