quarta-feira, 28 de julho de 2010

Necessidade de escrever

Não sei se vos acontece, mas muitas vezes tenho uma necessidade imensa de escrever e até tenho algumas coisas para contar, no entanto as palavras não saem ou se saem são logo apagadas por eu não achar que relatem bem o que quero dizer...Hoje tou assim. Com vontade de escrever e de dizer tanta coisa. Mas já sei que se começar não vou parar e depois vou reler e não irei publicar. Por isso não vou escrever o que me apetece...Costumo pensar que a vida nem semrpe é fácil, mas depois de olhar para "o vizinho" e para os seus graves problemas calo-me e fico envergonhada e penso que a minha vida é efectivamente muito fácil. O humano é assim, tem de olhar para a desgraça alhei para perceber que a sua não é a pior. Hoje, e nos últimos dias (ou semanas!?) que passaram nem a desgraça alheia me conforta e me faz acordar. Preciso de acordar. Talvez precise dum grande abanão para que tal aconteça. Pode ser que depois de escrever tudo isto eu fique mais alerta e menos parva. Porque é assim que eu ando: parva.

2 comentários:

Abóbora Amarelinha disse...

Acontece sim, por vezes as palavras não transmitem o que queremos, mas talvez fizesse bem não apagar, para reler depois.
Eutenho alturas da minha vida que escrevo folhas inteiras(papel e caneta) e quando chego ao fim da folha rasgo, mas gostava de ter coragem de não rasgar.
beijinhos querida.

T zero disse...

Compreendo muito bem. Comecei o João Ratão já a avó Nana estava no hospital, com o propósito de relatar as imensas histórias de família que ela me contou em 36 anos de convivência. Nas minhas visitas ao hospital fiz-lhe muitas perguntas para acertar um ou outro pormenor... andei a chatear irmãos dela... e continuo sem ser capaz de escrever duas frases seguidas.
e sim, também ando parva porque sei que há desgraças maiores e sinto-me feliz por não me terem batido à porta, mas ainda assim tal reconhecimento não dominui a minha perda...
:(